Um controle leiteiro eficiente ajuda o pecuarista a identificar se uma vaca altamente produtiva continua a produzir bem e se uma vaca pouco produtiva pode começar a produzir com um bom manejo alimentar. Infelizmente, nem todas as fazendas leiteiras adotam essa prática, elas apenas avaliam a produção apenas para saberem se as vacas produziram no dia, sem considerar esses dados em outro controle.
Estudos realizados por norte-americanos mostram que o gado de leite submetido a controle leiteiro apresenta maior produtividade, quando comparado ao rebanho onde o pecuarista não executa essa prática. Dois pontos determinantes a serem avaliados são o manejo alimentar e o manejo reprodutivo dos bovinos leiteiros.
Manejo alimentar
O manejo alimentar é determinante para o aumento da produtividade das vacas. Em especial, quando se trata de concentrados, que devem ser oferecidos ao gado conforme a produção de leite. Se o rebanho leiteiro produz muito leite, maior a quantidade de alimentos a ser fornecido para os animais.
Com o controle leiteiro, o pecuarista conhece o potencial produtivo das vacas e disponibiliza a elas o volume de alimentos ideal. Consequentemente, os custos são reduzidos e a produção de leite, otimizada.
Manejo reprodutivo
Geralmente, um rebanho leiteiro produtivo é formado por animais melhorados geneticamente. Com o controle leiteiro, o pecuarista calcula a produção das vacas em fase de lactação, o que facilita na avaliação do seu potencial genético. Assim, é possível escolher as que apresentam melhor carga genética para cruzamentos com touros melhorados. O processo é realizado usando modelos estatísticos próprios.
Para um controle leiteiro eficiente, o pecuarista deve:
->Registrar todas as produções de leite, em cada ordenha, o manejo alimentar escolhido para cada animal e os episódios ocorridos no intervalo de um controle para o outro;
->Coletar, para análise laboratorial, amostras do leite das vacas, individualmente, para analisar o índice de gorduras, proteínas, ou mesmo para realizar a contagem de células somáticas;
->Pesar, mensalmente, o leite de cada vaca, respeitando o intervalo entre um controle leiteiro e outro (de 15 a 45 dias);
->Respeitar um intervalo de 12 horas, entre duas ordenhas; e de oito horas, entre três ordenhas, para padronizar os dados;
->Identificar, por meio de brincos com chip, todos os animais do rebanho leiteiro para garantir maior precisão de dados;
->Fazer o controle, em duas ou três ordenhas diárias, considerando o sistema de produção, realizando a esgota total (tarde anterior ao dia do controle leiteiro).
Fonte: fundacaoroge.org.br
Por Andréa Oliveira.